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Meu filho é estrábico, e agora?

IDECO - Meu filho é estrábico, e agora?

Postada em: 06 de Setembro de 2022 por IDECO.

O Estrabismo é caracterizado pelo desalinhamento ocular. Assim, os olhos não conseguem olhar para a mesma direção simultaneamente.

O Estrabismo pode ser:
– Convergente (Esotropia): o olho afetado se desvia para o lado de dentro
– Divergente (Exotropia): o olho afetado se move para o lado de fora
– Vertical (Hipotropia/Hipertropia): o olho afetado se desvia para cima ou para baixo

Em todos os tipos de Estrabismo, pode haver alteração em apenas um ou em ambos os olhos, existindo casos de alternância tanto entre os tipos, quanto entre o olho afetado.

O Estrabismo na infância

O Estrabismo é uma oftalmopatia muito comum na infância e se deve a um distúrbio no movimento dos olhos, que é controlado por músculos sob o comando do sistema nervoso central. Diante de tal instabilidade, há alteração no funcionamento dessa musculatura, resultando no controle deficiente do músculo extra-ocular. Como consequência, tem-se o olho desviado – popularmente chamado de olho torto ou olho vesgo.

Sintomas e causas

A sintomatologia inclui:
– Visão dupla
– Dor de cabeça
– Vista embaçada

As causas do Estrabismo, em muitos casos, têm relação com a genética, embora certas doenças subjacentes – como baixa visão, altos graus de hipermetropia, catarata congênita, diabetes, paralisia cerebral, tumores cerebrais, Síndrome de Down, encefalite e meningite – possam ser fatores causadores do desalinhamento dos olhos.

Meu filho é estrábico, e agora?

O olho vesgo – sinal mais evidente do Estrabismo – costuma causar preocupação em familiares e cuidadores, que buscam avaliação oftalmológica para análise do quadro. Além do exame clínico, alguns testes específicos podem ser realizados a fim de confirmar o diagnóstico de Estrabismo:
– Teste de Alinhamento Ocular: para avaliação da simetria do reflexo luminoso formado no olho quando o paciente olha para a luz
– Teste de Acuidade Visual: para análise da visão do paciente, diagnosticando, por exemplo, a ambliopia (“olho preguiçoso”)
– Exame de Fundo de Olho: a fim de analisar as estruturas do olho, como nervo óptico e retina.
– Cover Test (Teste de Oclusão ou Teste de Cobertura): para verificar os movimentos oculares

Diante do diagnóstico e conhecendo-se o agente causador do quadro de Estrabismo, o tratamento mais adequado pode ser indicado. Dentre as principais terapêuticas, que podem ser associadas, destacam-se:
– Óculos especiais com lentes bifocais
– Tampão ocular (oclusão do olho saudável para estimular a musculatura do olho afetado)
– Óculos/lentes convencionais para correção do desvio ocular
– Uso de colírios medicamentosos
– Exercícios para fortalecimento da musculatura ocular

Em casos mais complexos, quando o desvio se mantém apesar dos tratamentos conservadores, a cirurgia se torna alternativa.
Vale destacar a importância do diagnóstico precoce para definição da melhor linha terapêutica, visando um bom prognóstico!